
"O aumento de 0,33 grau por década é muito significativo. Com este ritmo, em 60 anos atingiam-se os dois graus de aumento de temperatura média em Portugal, isto se se mantivesse o ritmo e não fosse inclusive agravado, porque a tendência é de ligeiro agravamento desta elevação da temperatura", explicou. Deste modo, as ondas de calor têm ocorrido com bastante frequência, uma delas com duração superior a 15 dias, que teve repercussões como mortos e incêndios florestais. Em termos de temperaturas, 2003 registou um valor máximo, com 47,4 graus na freguesia da Amareleja, concelho de Moura (Alentejo). Já em 2005 houve a mínima mais acentuada, nas Penhas Douradas (Serra da Estrela), e em 2001 ocorreram fenómenos de muita precipitação. Chuva abaixo da média O relatório aponta ainda para uma diminuição da precipitação, com valores abaixo das médias de referência da Organização Meteorológica Mundial (OMM). "Temos Primaveras mais curtas em termos de precipitação, assim como Invernos, os quais estamos a alternar entre secos e chuvosos", afirmou Serrão, que acrescentou que esta década teve o Inverno mais seco desde que começou a ser feito o registo e o terceiro mais chuvoso dos últimos anos. Estes dados indicam uma intensificação dos períodos extremos, como aconteceu entre 2004 e 2006, com uma seca bastante prolongada.
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