No séc.IV a.C. Aristóteles dividiu os organismos em dois reinos: Animalia e Plantae. Esta classificação perdurou até ao séc.XVIII, sendo apoiada por Lineu. A classificação em dois reinos baseava-se no facto das plantas serem imóveis e produzirem o seu próprio alimento através da fotossíntese (autotrofia), enquanto que os animais apresentavam vida livre, capacidade de locomoção e dependiam da matéria orgânica produzida pelos autotróficos (heterotrofia).
O desenvolvimento tecnológico que levou à invenção e melhoramento dos microscópios permitiu, em meados do séc. XIX, observar organismos de reduzidas dimensões que eram desconhecidos e nunca tinham sido inseridos num sistema de classificação, aumentando a complexidade nos dois reinos criados por Aristóteles e Lineu.
Estes organismos em que se incluem as algas, os fungos e as bactérias, foram inicialmente incluídos no reino Plantae, devido à sua maior imobilidade e apresentarem parede celular; em oposição a microrganismos que eram móveis e ingeriam os alimentos ( protozoários) que foram colocados no reino Animalia.
Em 1866 , o cientista alemão Ernest Haeckel, após ter realizado diversas observações microscópicas de seres unicelulares, propôs a criação do reino Protista, que agrupava todos os seres que não apresentavam as características estabelecidas para definir, verdadeiramente, o reino Plantae ou o Animalia; neste caso as bactérias, os protozoários e os fungos. Este naturalista considerava, porém, que a distinção entre animais e plantas era artificial, não sendo relevante para a filogenia dos grupos, nem para a construção de árvores filogenéticas.
O estudo incessante das mais diversas formas de vida, possibilitado pelo recurso a técnicas cada vez mais desenvolvidas, continuou a fornecer inúmeras informações aos cientistas, promovendo o desenvolvimento de novos sistemas de classificação.
Herbert Copeland, em 1956, propôs a divisão dos organismos em quatro reinos de forma a aproximar o sistema de classificação à realidade natural. Apoiado em dados de estrutura celular e bioquímicos, diferenciou os organismos sem núcleo individualizado - os procariontes - de todos os restantes seres vivos. Defendeu a formação do reino Monera formados por estes seres.
Este cientista incluiu, no reino Protista, os fungos e todas as algas pluricelulares ( vermelhas e castanhas). Considerava que no reino Plantae apenas deveriam estar organismos com clorofila e que produzissem amido, celulose e sacarose.
Em 1969, Whittaker propõs a divisão dos seres vivos em cinco reinos. Manteve os quatro reinos de Copeland mas acrescentou o reino Fungi, no qual colocou todos os fungos. O seu sistema tem subjacente três critérios:
Nível de organização estrutural - diferencia as células procariotas das eucariotas e a unicelularidade da multicelularidade.
Modo de nutrição - baseia-se no modo como o organismo obtém o alimento.
Interacções nos ecossistemas - diz respeito às relações alimentares que o organismo estabelece com os restantes organismos no ecossistema. Deste modo, os organismos podem ser classificados como: produtores ( produzem o seu próprio alimento), macroconsumidores (ingerem o alimento) ou microconsumidores ( decompõem matéria orgânica e absorvem os produtos resultantes).
O desenvolvimento tecnológico que levou à invenção e melhoramento dos microscópios permitiu, em meados do séc. XIX, observar organismos de reduzidas dimensões que eram desconhecidos e nunca tinham sido inseridos num sistema de classificação, aumentando a complexidade nos dois reinos criados por Aristóteles e Lineu.
Estes organismos em que se incluem as algas, os fungos e as bactérias, foram inicialmente incluídos no reino Plantae, devido à sua maior imobilidade e apresentarem parede celular; em oposição a microrganismos que eram móveis e ingeriam os alimentos ( protozoários) que foram colocados no reino Animalia.
Em 1866 , o cientista alemão Ernest Haeckel, após ter realizado diversas observações microscópicas de seres unicelulares, propôs a criação do reino Protista, que agrupava todos os seres que não apresentavam as características estabelecidas para definir, verdadeiramente, o reino Plantae ou o Animalia; neste caso as bactérias, os protozoários e os fungos. Este naturalista considerava, porém, que a distinção entre animais e plantas era artificial, não sendo relevante para a filogenia dos grupos, nem para a construção de árvores filogenéticas.
O estudo incessante das mais diversas formas de vida, possibilitado pelo recurso a técnicas cada vez mais desenvolvidas, continuou a fornecer inúmeras informações aos cientistas, promovendo o desenvolvimento de novos sistemas de classificação.
Herbert Copeland, em 1956, propôs a divisão dos organismos em quatro reinos de forma a aproximar o sistema de classificação à realidade natural. Apoiado em dados de estrutura celular e bioquímicos, diferenciou os organismos sem núcleo individualizado - os procariontes - de todos os restantes seres vivos. Defendeu a formação do reino Monera formados por estes seres.
Este cientista incluiu, no reino Protista, os fungos e todas as algas pluricelulares ( vermelhas e castanhas). Considerava que no reino Plantae apenas deveriam estar organismos com clorofila e que produzissem amido, celulose e sacarose.
Em 1969, Whittaker propõs a divisão dos seres vivos em cinco reinos. Manteve os quatro reinos de Copeland mas acrescentou o reino Fungi, no qual colocou todos os fungos. O seu sistema tem subjacente três critérios:
Nível de organização estrutural - diferencia as células procariotas das eucariotas e a unicelularidade da multicelularidade.
Modo de nutrição - baseia-se no modo como o organismo obtém o alimento.
Interacções nos ecossistemas - diz respeito às relações alimentares que o organismo estabelece com os restantes organismos no ecossistema. Deste modo, os organismos podem ser classificados como: produtores ( produzem o seu próprio alimento), macroconsumidores (ingerem o alimento) ou microconsumidores ( decompõem matéria orgânica e absorvem os produtos resultantes).
A classificação de Whittaker reuniu maior consenso científico do que as classificações anteriores porque, para além dos critérios mais comuns (morfologia e nível de organização celular), também se baseou no modo como os organismos obtinham alimento e nas interacções que evidenciavam nos ecossistemas.
Contudo o próprio Whittaker propôs uma reformulação do seu sistema, passando este a chamar-se sistema de classificação de Whittaker modificado. Nessa alteração ele incluíu os fungos flagelados e as algas (uni e pluricelulares) no Reino Protista, passando este reino a ser constituído por organismos unicelulares e pluricelulares, embora estes últimos com uma diferenciação celular muito reduzida.
O melhoramento da classificação de Whittaker constitui um bom exemplo da evolução do conhecimento científico: os modelos são constantemente reajustados em função das novas descobertas.
Adaptado de Biodesafios
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