O Grand Canyon foi visto pela primeira vez por um ruropeu em 1540, o espanhol Garcia Lopez de Cardenas. A primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870. Powell referiu-se às rochas sedimentares expostas no desfiladeiro como "páginas de um belo livro de histórias". Ler mais25 março 2010
Grand Canyon
O Grand Canyon foi visto pela primeira vez por um ruropeu em 1540, o espanhol Garcia Lopez de Cardenas. A primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870. Powell referiu-se às rochas sedimentares expostas no desfiladeiro como "páginas de um belo livro de histórias". Ler maisChaminés de Fada

As chaminés de fada são formas de relevo muito curiosas. Formam-se a partir de depósitos detríticos pouco coerentes e muito diversificados em tamanho. Podem coexistir desde argilas e areias. A acção da chuva vai provocar uma erosão diferencial: os materiais mais finos serão erodidos enquanto que os materiais mais volumosos e mais rígidos serão mais poupados ao trabalho de desgaste das águas de escorrência. Contudo, a erosão não afectará os materiais por baixo dos grandes blocos de rochas. A rocha de cima funciona como protector da erosão e acabará por colapsar quando, com o continuar da erosão, não seja possível sustentar o bloco de rocha maior.
São formas de relevo raras e ocorrem, sobretudo em áreas montanhosas onde existam depósitos de vertente, em particular depósitos glaciários que são aqueles em que a diversidade de tamanho dos detritos é, normalmente, maior. Assim, bons exemplos podem ser encontrados nos Alpes e nas montanhas da Turquia. Os exemplos que se seguem são de uma região da Turquia chamada Capadócia.
GEOGRAPHICAE
EROSÃO e TRANSPORTE
Os produtos geológicos formados pela meteorização física e química das rochas podem ser removidos do local onde tiveram origem pela acção de agentes de transporte como a gravidade, a água , o gelo e o vento. Essa remoção é designada por erosão e, após a formação de sedimentos (detríticos e químicos), pelos agentes de meteorização e erosão, estes podem sofrer transporte até ao momento em que ocorre a sua depositação.METEORIZAÇÃO
The Process of Weathering @ Yahoo! Video
A maioria das rochas da litosfera é formada em profundidade, sob o efeito de elevadas pressões e temperaturas. A sua ascensão superficial, por erosão ou reajustamentos isostáticos da crusta, provoca o seu contacto com factores externos, nomeadamente a água, o oxigénio, temperaturas e pressões mais baixas, provocando a sua alteração ou meteorização. A meteorização pode ter uma origem física/mecânica, química ou biológica e não implica qualquer transporte de material.
A meteorização mecânica corresponde à desagregação física de uma rocha em fragmentos mais pequenos, semelhantes à rocha original. Existem diversos tipos de meteorização mecânica: Fragmentação (por expansão devida a descompressão), Haloclastia, Crioclastia e Termoclastia.
Na meteorização química a estrutura interna dos minerais constituintes das rochas sofre alterações, com a entrada ou remoção de certos elementos químicos, dando origem à formação de novos mineras mais estáveis sob as condições da superfície. Os principais agentes dessa alteração química são a água, o oxigénio e o dióxido de carbono, podendo a meteorização química ocorrer através de quatro processos básicos de reacções químicas: hidratação/desidratação, dissolução, hidrólise e oxidação.
Os seres vivos também são causadores de meteorização, passando a sua acção também por factores mecânicos e químicos.
Serra da estrela

UM OLHAR SOBRE A SERRA DA ESTRELA
A Serra da Estrela é um maciço montanhoso culminante de Portugal e constitui a parte oriental de um alinhamento, que se estende cerca de 115 Km, desde a região da Guarda até ao maciço da Lousã (Galopim de Carvalho et al., 1990). Ler mais
Meteorização Física - Blocos e Caos de Blocos
Os blocos ou bolas consistem em penedos de dimensões variadas, de tamanho métrico, no geral arredondados, assentes na superfície topográfica, e que se encontram por vezes em grande quantidade formando aglomerações designadas por caos de blocos. Estas formas apresentam uma grande dispersão geográfica, observando-se em todos os climas. São características de rochas granitóides, embora se desenvolvam também noutras rochas granulares, como os arenitos e mesmo os basaltos.A génese das bolas implica a presença de uma rocha de textura granular recortada por uma rede de diaclases espaçadas, aproximadamente ortogonais, uma vez que elas se formam geralmente a partir de blocos limitados pelas diaclases. Assim, embora os blocos sejam característicos dos granitos, geram-se preferencialmente em granitos de grão grosseiro, onde as fracturas tendem a apresentar maior espaçamento, fracturados por diaclases ortogonais.
Tal como sucede com os outros elementos morfológicos de meteorização, os blocos correspondem a resíduos de alteração existindo dois processos para a sua génese:
génese subaérea, por progressão da erosão subaérea a partir de cada diaclase e nos ângulos entre as diaclases; as diaclases alargam-se e os ângulos arredondam-se progressivamente originando bolas muito regulares, segundo uma transição progressiva de paralelepípedo a esfera;
génese subterrânea, em que as bolas se desenvolvem “potencialmente” em profundidade, permanecendo envolvidas pela areia de alteração do granito (ou de outra rocha granular), até que a erosão subaérea remova essa areia.
Note-se que um maior ou menor número destes blocos se deslocam posteriormente sobre a superfície topográfica por acção da gravidade, descendo a partir do afloramento onde se geraram e imobilizando-se geralmente a pouca distância deste.
Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares cobrem os continentes da crosta terrestre extensivamente, mas a contribuição total das rochas sedimentares estima-se que seja de apenas cinco por cento do total. Dessa forma, vemos que as sequências sedimentares representam apenas uma fina camada de uma crosta composta essencialmente de rochas ígneas e metamórficas.Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares constituem apenas 5 a 10% do volume total da crusta terrestre. No entanto são as mais abundantes superficialmente, formando uma cobertura de sedimentos que se originam pela meteorização das rochas pré-existentes (magmáticas, metamórficas e sedimentares) cobrindo, aproximadamente, 75% da superfície terrestre.
Como a maioria das rochas se forma em profundidade, sob o efeito de elevadas temperaturas e pressões, quando ascendem à superfície (por remoção das camadas superiores, por erosão ou reajustamentos isostáticos da crusta terrestre) ficam sujeitas a diferentes condições de pressão e temperatura e em contacto com a água e o ar. As rochas sofrem assim desintegração e desagregação. A meteorização pode ser mecânica ou química e não implica qualquer transporte de material. Porém, os produtos que se geram com a meteorização química e física são removidos do local de formação pelos agentes da erosão ou transporte como a água, vento e o gelo.
Após a formação dos sedimentos detríticos e químicos (que podem também ter origem biológica), pela acção da meteorização e erosão, estes podem ser transportados até ao momento em que ocorre a deposição por diversos agentes de transporte, nomeadamente: a gravidade, a água, o gelo (glaciares) e o vento.
Quando a energia do agente de transporte não é suficiente para transportar as partículas detríticas, ocorre a sua depositação (sedimentação) sob o efeito da gravidade. No entanto, no caso dos sedimentos químicos e bioquímicos a depositação ocorre por precipitação, quando as condições do meio aquoso variam (temperatura, salinidade, composição, etc).
A maioria dos sedimentos detríticos e químicos são transportados para os oceanos, que constituem as principais bacias de deposição. A acumulação sucessiva e contínua de sedimentos provoca uma compactação das camadas inferiores e mais antigas que ficam sujeitas a uma maior pressão por efeito do peso das camadas superiores. Os sedimentos não consolidados são sujeitos a afundamento e o seu volume pode ser reduzido até 40%, expulsando elevados volumes de água que se encontrava nos poros.
O afundamento está associado à diagénese das rochas sedimentares consolidadas, que envolve diversas modificações físicas e químicas, ligadas, principalmente, ao aumento da pressão e da temperatura. As elevadas temperaturas (aos 4 Km de profundidade superam os 120ºC) permitem a ocorrência de reacções entre os minerais e a água presente nos interstícios dos sedimentos, formando uma rocha sedimentar consolidada.
Um processo importante na diagénese é a cimentação de novos minerais que permitem preencher os poros dos sedimentos, unindo as diferentes partículas, aumentando a consolidação (litificação) da rocha. Os cimentos mais comuns são a calcite e a sílica. A cimentação resulta numa diminuição da porosidade. Após a precipitação muitos dos minerais recristalizam, originando novos minerais mais estáveis para condições de pressão e temperatura superiores.
Biodesafios
24 março 2010
Montanhas Rochosas do Canadá
As Montanhas Rochosas são uma importante cordilheira localizada no ocidente da América do Norte. 11 março 2010
"Onde a Terra se acaba e o Mar começa"
O litoral, em geral, e o traçado da linha de costa, em particular, são o resultado de um vasto conjunto de factores naturais a que, nos tempos mais modernos, se têm vindo a associar outros, próprios da acção do Homem. Entre os factores naturais, por serem mais visíveis, sobressaem a natureza e estrutura das rochas, bem como a sua maior ou menor resistência à erosão, a latitude e, consequentemente, o clima, que se manifesta na pluviosidade, na temperatura e nos ventos, o relevo, a orientação da costa face à incidência dominante da vaga e, outros, de natureza hidrográfica, como sejam as marés, a agitação marítima e as correntes marinhas.A este conjunto devem associar-se outros factores particularmente importantes, de âmbito mais alargado, à escala regional e/ou global. (ler artigo completo)
Zonas de Vertente
As zonas de vertente são locais de desnível da topografia terrestre, que podem ter um declive mais ou menos acentuado, encontrando-se muito expostas à acção intensa e rápida dos fenómenos erosivos. Devido às suas características, é frequente ocorrer nestas zonas movimentos descendentes de materiais do solo ou de materiais rochosos. As alterações verificadas nas zonas de vertente devem-se, essencialmente, a duas causas naturais: erosão hídrica, provocada pela água da chuva e movimentos de terrenos. E-PortfolioZonas Costeiras
A zona costeira ou faixa litorânea corresponde à zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. É uma faixa complexa, dinâmica, mutável e sujeita a vários processos geológicos. A acção mecânica das ondas, das correntes e das marés são importantes factores modeladores das zonas costeiras, cujos resultados são formas de erosão ou formas de deposição. As formas de erosão resultam do desgaste provocado pelo impacto do movimento das ondas sobre a costa - abrasão marinha -, sendo mais notória nas arribas.Bacias hidrográficas
Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso de água é o conjunto de terras que fazem a drenagem da água das precipitações para esse curso de água e seus afluentes. É uma área geográfica e, como tal, mede-se em quilômetros quadrados (km²)A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas.
09 março 2010
Papel da Geologia na sociedade moderna
A pressão causada pelo crescimento populacional da espécie humana tem aumentado de forma drástica, nas últimas décadas, contribuindo para a perda de equilíbrio nos vários subsistemas terrestres. Daí, o estudo da Geologia ter adquirido um papel cada vez mais importante e contribuído de forma significativa para a identificação, minimização, prevenção e resolução de problemas associados ao impacto humano no meio natural.03 março 2010
Tree of Life Web Project

01 março 2010
O Terceiro Domínio da Vida
Em 1977, o microbiólogo americano Carl Richard Woese coloca pela primeira vez a divisão clássica dos cinco reinos em causa. Através de análises de sequências de RNA ribossomal, Woese refere num artigo que há uma grande diferença dentro do grupo dos organismos procariontes. Ele propõe uma divisão dentro deste domínio em eubactérias (bactérias verdadeiras) e archaebactérias (bactérias que normalmente vivem em ambientes extremos). Já em 1990, o mesmo autor refina a sua divisão noutra publicação, propondo o que conhecemos hoje como os três domínios da vida (Eubacteria, Archaea e Eucarya), sendo Archaea o chamado "Terceiro domínio da vida". Neste artigo, Woese ressalta que a diferença entre os domínios Eubacteria e Archea é maior que a diferença entre os clássicos reinos Animalia e Fungi. Desta forma, nós seres humanos somos mais parecidos geneticamente com fungos do que microorganismos dos domínios Eubacteria e Archaea. Podemos perceber que o que Woese propôs em 1990 estava muito a frente do "consenso científico". Enquanto taxonomistas passam a toda a vida tentando organizar ordens ou géneros, Woese propôs um táxon acima de "Reino", alterando de forma marcante a nossa visão de vida no nosso planeta.É claro que um artigo deste tipo não poderia passar despercebido pela comunidade científica, ainda mais sendo publicada num dos periódicos científicos mais importantes do mundo. Como tudo na ciência, quebras de paradigmas são processos difíceis e muitas vezes bem longos. A grande descoberta de Woese foi tratada como uma loucura. Cientistas de renome mundial recusaram-se a aceitar esta descoberta como relevante, fazendo pouco caso da mesma. Uma destas vozes foi o grande ecólogo Ernst Mayr, que defendeu a utilização de apenas duas grandes divisões (Procariota s-Eucariotas) em detrimento da divisão em três domínios de Woese. A resposta de Woese foi feita em outro artigo de 1998 no qual ele termina com as seguintes conclusões (tradução livre):
"(...) A biologia do Dr. Mayr reflete os últimos bilhões de anos da evolução; a minha os primeiros três bilhões. A sua biologia é centrada em organismos multicelulares e as suas evoluções; minha num ancestral universal e seus descendentes imediatos. A sua biologia é da experiência visual, da observação direta. A minha não pode ser vista directamente ou tocada; é a biologia das moléculas, dos genes e das suas histórias inferidas. Para mim evolução é, primariamente, o processo evolutivo e não as suas consequências. A ciência da biologia é bem diferente nestas duas perspectivas, e o seu futuro ainda mais." - Carl Woese
Actualmente, o foco de Woese está voltado para a discussão do "Ancestral único". Depois de tanta discussão gerada pelo seu artigo de 1990, outro artigo publicado em 1998 não fica para trás. Woese mais uma vez arranja uma bela briga com os ecólogos mais tradicionais, defendendo a visão de que nunca existiu um ancestral único discreto, mas sim vários organismos que deram origem aos outros dos três grandes domínios. Mais recentemente Woese discutiu na revista Nature como processos comuns em microorganismos, como a transferência lateral de genes, podem alterar grande parte dos mais importantes conceitos biológicos, como organismo, espécie e até da evolução. Esta transferência lateral de genes pode ser a responsável por um mecanismo que o próprio Woese defendeu num artigo de 2006, chamado "Evolução colectiva".
Em 2003 Woese ganhou o prêmio Crafoord, entregue pela mesma acedemia sueca responsável pelo prémio nobel. O prêmio Crafoord é entregue a cientistas que tiveram trabalhos relevantes em outras áreas que não são contempladas pelo Nobel. Mais de 30 anos depois do primeiro artigo de Woese, a divisão da vida em três domínios passa a ser representativa em livros didácticos. Talvez daqui a algumas décadas com a adopção em larga escala deste conceito em livros básicos, nós seres humanos poderemos realmente entender o que Gould quis dizer com a expressão "Idade das bactérias". É que nós somos apenas um galho recém-nascido na grande árvore da vida.
Classificação em Três Domínios
Na década de 90, Carl Woese, Otto Kandler e Marck Whellis, investigadores do Departamento de Microbiologia da Universidade de Illinois (EUA), usaram uma técnica inovadora que lhes permitiu comparar sequências nucleotídicas de DNA codificante para o RNA ribossomal . Através dos resultados obtidos puderam construir uma árvore filogenética baseada em critérios moleculares muito precisos e fidedignos, ao nível do genoma, e concluir que os procariontes não eram um grupo coeso do ponto de vista evolutivo. Pelo contrário, verificou-se que são um grupo muito diversificado que pode ser subdividido em dois grupos, com base em argumentos bioquímicos e ecológicos. Como tal propuseram a classificação dos seres vivos em três domínios:
