Como a maioria das rochas se forma em profundidade, sob o efeito de elevadas temperaturas e pressões, quando ascendem à superfície (por remoção das camadas superiores, por erosão ou reajustamentos isostáticos da crusta terrestre) ficam sujeitas a diferentes condições de pressão e temperatura e em contacto com a água e o ar. As rochas sofrem assim desintegração e desagregação. A meteorização pode ser mecânica ou química e não implica qualquer transporte de material. Porém, os produtos que se geram com a meteorização química e física são removidos do local de formação pelos agentes da erosão ou transporte como a água, vento e o gelo.
Após a formação dos sedimentos detríticos e químicos (que podem também ter origem biológica), pela acção da meteorização e erosão, estes podem ser transportados até ao momento em que ocorre a deposição por diversos agentes de transporte, nomeadamente: a gravidade, a água, o gelo (glaciares) e o vento.
Quando a energia do agente de transporte não é suficiente para transportar as partículas detríticas, ocorre a sua depositação (sedimentação) sob o efeito da gravidade. No entanto, no caso dos sedimentos químicos e bioquímicos a depositação ocorre por precipitação, quando as condições do meio aquoso variam (temperatura, salinidade, composição, etc).
A maioria dos sedimentos detríticos e químicos são transportados para os oceanos, que constituem as principais bacias de deposição. A acumulação sucessiva e contínua de sedimentos provoca uma compactação das camadas inferiores e mais antigas que ficam sujeitas a uma maior pressão por efeito do peso das camadas superiores. Os sedimentos não consolidados são sujeitos a afundamento e o seu volume pode ser reduzido até 40%, expulsando elevados volumes de água que se encontrava nos poros.
O afundamento está associado à diagénese das rochas sedimentares consolidadas, que envolve diversas modificações físicas e químicas, ligadas, principalmente, ao aumento da pressão e da temperatura. As elevadas temperaturas (aos 4 Km de profundidade superam os 120ºC) permitem a ocorrência de reacções entre os minerais e a água presente nos interstícios dos sedimentos, formando uma rocha sedimentar consolidada.
Um processo importante na diagénese é a cimentação de novos minerais que permitem preencher os poros dos sedimentos, unindo as diferentes partículas, aumentando a consolidação (litificação) da rocha. Os cimentos mais comuns são a calcite e a sílica. A cimentação resulta numa diminuição da porosidade. Após a precipitação muitos dos minerais recristalizam, originando novos minerais mais estáveis para condições de pressão e temperatura superiores.
Biodesafios
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