30 março 2009

Júpiter - O gigante do sistema solar

Júpiter é o quinto e maior planeta do Sistema Solar. No seu interior caberiam todos os outros planetas. É conhecido desde a Antiguidade tendo-lhe atribuído o nome do principal deus romano. Como os outros planetas gasosos Júpiter tem anéis em volta de si e muitos satélites naturais. Uma observação mais detalhada do planeta, só pode ser feita no século XX com o envio de sondas de exploração. A primeira delas foi a Pioneer 10, mas muitas outras se seguiram, havendo já planos para sondas futuras. A maior parte dos estudiosos concorda em dizer que Júpiter é uma grande bola de gases com um núcleo de gelo. O interior do planeta é muito quente e a pressão enorme. Há uma camada de nuvens de amónia e não de água como na Terra, ventos muito fortes e tempestades. A maior delas é a conhecida Grande Mancha Vermelha de Júpiter, um grande anticiclone que gira no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio com o tamanho de três planetas Terra. A tempestuosa atmosfera de Júpiter tem clarões e raios na da Terra, mas os de Júpiter podem ser cem vezes mais poderosos que os da Terra. Os raios surgem a partir da pequena quantidade de água existente na parte superior das nuvens.Júpiter tem alguns anéis escuros e difíceis de ver formados de poeira e algum gelo como os de Saturno. São tão difíceis de ver que até a aproximação da sonda Voyager em 1979, os cientistas não sabiam que Júpiter tinha anéis. Eles estendem-se por uma área grande, suficiente para atingir a órbita de duas luas mais próximas. Formaram-se a partir do choque de meteoros com essas luas e de material de cometas e outros objetos que se possam ter aproximado de Júpiter.Por estar muito distante da Terra, as primeiras observações de detalhes de Júpiter só puderam ser feitas após a criação do telescópio. Foi Galileu Galilei, em 1610, quem observou as maiores luas do planeta . Uma nova lua foi descoberta, posteriormente, Amalteia. Já no século XX, satélites dos Estados Unidos foram os primeiros a passar perto do planeta: a Pioneer 10 em 1973 e as Voyager 1 e 2 em 1979. As sondas Voyager descobriram os anéis de Júpiter, várias luas e sinais de vulcões em Io, uma delas.No final do século, os astrônomos puderam observar a colisão de um cometa, o Shoemaker-Levy-9 com Júpiter e, daí fazer novas descobertas. Também foi enviada uma sonda que orbitou o planeta de 1995 a 2003, a Galileo. Novas missões estão sendo planeadas para a observação das luas, onde será possível compreender e, talvez, aspectos sobre a origem da vida.
Júpiter tem 63 luas conhecidas. As quatro maiores foram descobertas por Galileu em 1610 e por isso são chamadas de luas galileanas. São elas: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

Io é um pouco maior que a Lua.
Tem muitos vulcões e está coberta por lava de várias cores.Io não tem muitas crateras, porque a lava as cobre depois de algum tempo e seu interior é feito de ferro e minerais. Não há água ou gelo em Io como nas outras luas galileanas, talvez porque a lua fosse muito quente quando formada.
O seu nome vem de uma mulher amada por Júpiter na mitologia romana.
Europa por sua vez é um pouco menor que a Lua.
A sua superfície é coberta de gelo com algumas rachaduras visíveis. Esse gelo pode esconder um grande oceano de água com duas vezes mais água que a existente em toda a Terra. A existência de água combinada com o calor gerado por vulcões subaquáticos poderia dar origem a vida nesta lua de Júpiter.
Europa, além disso, tem uma atmosfera. O seu nome também vem da mitologia romana.
Júpiter apaixonou-se por Europa e transformou-se num touro para a raptar.
Ganimedes é a maior lua de Júpiter e do Sistema Solar. É maior até que o planeta Mercúrio. Descobriu-se que Ganimedes tem uma magnetosfera, ou seja, uma região magnética que envolve e protege a lua de pequenas partículas. É provável que exista também água abaixo da superfície congelada de Ganimedes. E assim como em Europa e Io, existe uma atmosfera em Ganimedes. Segundo a mitologia, Ganimedes era um belo jovem que foi raptado por Júpiter para servir os deuses na sua morada.
Calisto tem quase o mesmo tamanho que Mercúrio. É coberta por muitas crateras (grande cratera Valhalla), algumas delas brilhantes e possui uma fina atmosfera. O relevo de Calisto também apresenta vales e escarpas. Acredita-se que exista gelo e água abaixo da sua superfície como nas outras luas de Júpiter.
Astronomia Mirim

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