É interessante lembrar que os insectos afídeos (pulgões), conhecidos como parasitas sugadores da seiva elaborada foram importantes indicadores de que esta flui sob pressão, e não sob tensão como a seiva bruta. Ao atingirem o floema com seus aparelhos bucais picadores, esses insectos permitem que a pressão da seiva bruta penetre no seu tubo digestivo e saia pelo ânus.
Outro aspecto tem relação com a maior parte das plantas actuais, incluindo as grandes árvores (angiospérmicas dicotilédoneas).
Nestas plantas a distribuição dos vasos no caule é organizada de tal forma que os vasos do xilema formam um cilindro central maciço coberto por um outro cilindro constituído pelos vasos do floema, os quais se encontram perto da casca da planta.
Assim, quando se remove um anel completo (chamado anel de Malpighi - nome do investigador que fez a experiência pela primeira vez) da casca de uma árvore, ocorre a destruição dos vasos de floema, provocando a interrupção do fluxo de açúcares em direcção à raiz, que não os produz, mas depende deles para a manutenção das suas células. A raiz passa, então, a utilizar as suas reservas de amido como fonte de energia. O fim das reservas resulta na morte das células radiculares, impedindo a absorção de água e nutrientes minerais, daí a parte aérea da planta morrer, também, posteriormente. Logo após a formação do anel é possível verificar um inchaço do caule acima do corte. Se o anel for feito especificamente num ramo da planta, este acumulará mais açúcares na região acima do corte, verificando-se maior facilidade na floração e na produção de frutos maiores e mais doces. Como a raiz continuará recebendo seiva elaborada de outros ramos completos não haverá prejuízo para o desenvolvimento da planta.
Adaptado de Passeiweb
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