22 março 2009

Vénus - A estrela da manhã

Vénus, também conhecido por Estrela d'Alva ou Estrela do pastor, é o segundo planeta a contar do Sol e apresenta algumas características peculiares.
Vénus tem uma atmosfera 92 vezes mais densa do que a Terra, o que equivale a mergulhar a mais de 900 metros de profundidade no mar. Além disso, a sua atmosfera é composta principalmente de dióxido de carbono, o que provoca um forte efeito estufa que eleva a temperatura da superfície para 460ºC, tornando Vênus o planeta mais quente do sistema solar, mesmo estando mais afastado do Sol do que Mercúrio. A duração do dia venusiano é maior que o seu ano. Para dar uma volta ao redor do Sol, Vénus leva 224 dias e 17 horas terrestres, enquanto que para dar uma volta ao redor do seu próprio eixo demora 243 dias.
De todos os planetas do Sistema Solar, Vénus é o único que apresenta movimento retrógrado, isto é, gira em sentido oposto ao dos ponteiros de um relógio. Em Vénus o Sol nasce a oeste e põe-se a este.
A atmosfera venusiana é uma das características de maior destaque. Fazem parte de sua composição, além do dióxido de cabono, azoto, vapor de agua, oxigénio, enxofre e ácido sulfúrico.
A rica mistura de gases, aliado à temperatura de 460ºC e à esmagadora pressão atmosférica, prejudica o seu estudo através da observação directa, devido ao elevado efeito estufa, que torna a sua atmosfera opaca.
A camada de nuvens oscila entre 40 e 60 quilómetros acima da superfície e as formações atmosféricas são divididas em duas camadas principais. A camada entre 0 e 30 km de altura recebe o nome de troposfera e entre 30 e 100 km de altura recebe o nome de termosfera. Tanto a região superficial como a alta termosfera são dominadas por intensa neblina.
Em todas as camadas existem movimentos atmosféricos variados entre os quais se destaca o movimento conhecido por super-rotação, onde as massas de gases se deslocam no sentido oeste, completando uma volta ao redor do planeta em aproximadamente 96 horas.

Devido à dificuldade em efectuar estudos através da observação direta, Vénus é estudado através de pulsações de radar, que lhe são enviados, retornando na forma de ecos com informações sobre variações de rugosidade da sua superfície.
Algumas sondas já pousaram em Vénus, entre elas as Venera russas e as norte-americanas Pioneer, mas devido às extremas condições, o seu tempo de vida não ultrapassou mais de uma hora. Somente em 1975 a sonda Venera IX fez a primeira imagem da superfície do planeta enquanto outras fizeram análises geológicas mais profundas. Essas análises indicaram composições semelhantes aos basaltos também encontrados na Terra.
Estudos feitos através do uso de grandes radiotelescópios mostram que Vénus possui depressões e algumas regiões montanhosas, com crateras e vales.
A sonda Magalhães, que mapeou o planeta entre 1990 e 1994 revelou que a superfície de Vénus é jovem, tendo sofrido erosão nos últimos 300 a 500 milhões de anos.
A Magalhães também detectou enormes caldeiras de vulcões até 100 km de diâmetro. De acordo com os dados, a superfície de Vénus é coberta na sua maior parte por material vulcânico, apresentando grandes canais formados por lava.

Depois da Lua, Vénus é o objeto mais luminoso no céu terrestre. Devido ao seu afastamento angular máximo ser de 48 graus, é facilmente visível a olho nú, quatro horas antes do Sol nascer ou quatro horas depois do pôr-do-Sol. Em certas ocasiões é possível vê-lo mesmo de dia.
Adaptado de www.Apolo11.com

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